
A B. é uma criança muito carinhosa. Quando gosta de alguém beija, abraça, pede colo, enfim adora dar e receber miminho. Contudo, e apesar de adorar as irmãs, avós, tias, primas, professora, sempre teve predilação pelo sexo oposto. Desde bem pequenina que prefere o colo dos tios, dos primos, do padrinho. Chega a ser chata de tão insistente que é. Este facto chegou a preocupar-me ao ponto de pensar em levá-la ao psicólogo. O ponto alto do problema aconteceu á pouco mais de um ano atrás. A Bia começou a ter aulas individuais de violino, 45 minutos por semana. O professor, um italiano muito engraçado, cativou-a facilmente. Como era muito pequena (ainda não tinha 7 anos) as aulas tinham uma vertente muito lúdica. Os exercícios eram feitos de modo a parecerem brincadeiras e assim conseguir prender-lhe a atenção. Quando ía levá-la ás aulas ela corria para o colo do professor. Quando a ía buscar encontrava-a muitas vezes ao colo dele. Isto começou a incomodar-me. Na verdade não existia o mais pequeno indicio de que algo de anormal de passasse mas eu não ficava descansada. Falei com a responsável pela Escola de Musica, que por acaso é da minha família. Foi muito franca. Conhecia o professor á alguns anos, tinha capacidades reconhecidas e nunca tinha ouvido nada que lhe incutisse suspeitas de qualquer ordem. No entanto sugeriu-me que ficasse a assistir ás aulas. Falei com o professor que achou muito boa ideia. Na sua opinião a minha presença talvez facilitasse a concentração. A partir desse momento as aulas começaram a render mais. Eu conseguia ajudá-la mais em casa pois relembrava-a das dicas do professor. Este ano lectivo o professor mudou e agora tem uma professora. Que ela também gosta mas com quem nunca brincou como fazia com o professor M. Continua a falar dele com muito carinho e sei que provavelmente as minhas inquietações eram infundadas. Mas no fundo ninguém conhece ninguém. E por melhores que sejam as referências curriculares de alguém isso nada nos diz sobre o intimo da pessoa.
Porque concordo que algumas leis deveriam ser mais rígidas quando estão em causa crianças. Porque devemos poder confiar os nossos filhos aos profissionais que as têm a seu cargo. Sabendo que aqueles que já foram um dia condenados por algum tipo de abuso contra crianças não poderão voltar a trabalhar com estas ficaremos mais descansados.
A B. está agora mais crescida. Embora continue a adorar os elementos masculinos da nossa família sinto-a mais retraída. Mas não muito... Talvez o seu comportamento de deva ao facto de ser menina. Por adorar o pai. Por ser muito extrovertida. Deixei de me preocupar com isso. Talvez seja apenas a sua maneira de ser!
6 comentários:
Acho que faria o mesmo, se visse o mesmo seja no colégio, seja nas aulas de música da Rafinha, fizeste bem, e o resultado foi positivo, isso é que importa;)
Por todas as crianças, subscrevo e assino:)))
Beijinhos cheios de carinho
Olá
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Beijinhos Perlim-Pim-Pim
Bem eu sou igualzinha, quando vejo algo que me fica na cabeça nao descanso enquanto nao percebo...e foi o que fizeste e muito bem!
Deviamos ser todos assim mais atentos para evitar os abusos!
Bjs
Eu no teu lugar provavelmente teria tomado a mesma atitude...
Bjs
Quando entregamos os nossos filhos a alguém, entregamos-lhes o que temos de mais precioso. Por isso me choca tanto que certos abusos partam daqueles que mais deviam proteger as crianças.
Com o mundo no estado em que está, com as notícias que ouvimos todos os dias, eu também teria feito o mesmo. És uma mãe atenta, apenas isso.
Se te descansa conheço mais do que uma menina fascinada pelo sexo oposto, ainda estou para perceber porquê...
Tens um miminho no meu blog!
e no que toca aos nossos filhotes mais vale prevenir que remediar!
Bjinhos
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