terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

28 Fevereiro

Mais um ano... E quase não dou pela passagem do tempo porque ele parece voar.

Ainda não soprei as velas mas os beijinhos dos meus amores começaram logo demanhã. Que bom!

Do amor

O que despertou a minha atenção foi o contraste de cores. Ela muito escura, negra. Cabelo curto com uma carapinha bem prenunciada. Ele com cabelos loiros e já bastante grisalhos. Pele e olhos claros.
Ela folheava um livro de registos de bebé. Ele olhava-a, como se olha para o amor maior da nossa vida. Com aquele olhar apaixonado de quem descobre o amor. Como que encantado.
Num segundo olhar chama-me a atenção a diferença de idades. Ele bem mais velho do que ela.
Eles apercebem-se da minha presença, ou melhor, da presença de um bebé ao meu colo. Ele pergunta-me se tive problema com as cólicas da minha menina. Diz-me que o bebé deles chora interruptamente das 2 às 4 horas da manhã. Que já não sabem o que fazer pois é o seu primeiro filho. Que tem sido muito difícil este primeiro mês.
Tento tranquilizá-los: a partir daqui costuma melhorar. É uma fase que custa, mas acaba por passar. E a verdade é que à segunda filha deixei de acreditar em milagres do género do Aero Om. Paciência, muita paciência costuma ajudar.
Desejo-lhes felicidades antes de sair. Gostei tanto de os ver. De sentir aquele amor tão grande. Ninguém adivinha o futuro e na verdade tantas diferenças poderão matar o sentimento. Ou não. Contudo "enquanto dura vida doçura".  

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Como eu gostava de saber escrever assim...

Um Dia Isto Tinha Que Acontecer, por Mia Couto


Existe mais do que uma! Certamente!

Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes as agruras da vida.

Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar com frustrações.

A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também estão) à rasca são os que mais tiveram tudo. Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.

Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos) vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós 1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.

Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de diversão, cartas de condução e 1.º automóvel, depósitos de combustível cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.

Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.

Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A vaquinha emagreceu, feneceu, secou.

Foi então que os pais ficaram à rasca.

Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde não se entra à borla nem se consome fiado.

Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a pais.

São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade, nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.

São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas, porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem, querem o que já ninguém lhes pode dar!

A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.
(...)
Eis uma geração preparadinha para ser arrastada, para servir de montada a quem é exímio na arte de cavalgar demagogicamente sobre o desespero alheio.

Há talento e cultura e capacidade e competência e solidariedade e inteligência nesta geração?

Claro que há. Conheço uns bons e valentes punhados de exemplos!

Os jovens que detêm estas capacidades-características não encaixam no retrato colectivo, pouco se identificam com os seus contemporâneos, e nem são esses que se queixam assim (embora estejam à rasca, como todos nós).

Chego a ter a impressão de que, se alguns jovens mais inflamados pudessem, atirariam ao tapete os seus contemporâneos que trabalham bem, os que são empreendedores, os que conseguem bons resultados académicos, porque, que inveja! que chatice!, são betinhos, cromos que só estorvam os outros (como se viu no último Prós e Contras) e, oh, injustiça!, já estão a ser capazes de abarbatar bons ordenados e a subir na vida.

E nós, os mais velhos, estaremos em vias de ser caçados à entrada dos nossos locais de trabalho, para deixarmos livres os invejados lugares a que alguns acham ter direito e que pelos vistos - e a acreditar no que ultimamente ouvimos de algumas almas - ocupamos injusta, imerecida e indevidamente?!!!

Novos e velhos, todos estamos à rasca.

Apesar do tom desta minha prosa, o que eu tenho mesmo é pena destes jovens.

Tudo o que atrás escrevi serve apenas para demonstrar a minha firme convicção de que a culpa não é deles.

Haverá mais triste prova do nosso falhanço?

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Once up a time


É a minha série do momento. Apesar de o tempo para ver tv ser cada vez mais escasso, tento arranjar sempre um bocadinho para ver.
Estou a adorar.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Carnaval?

O Carnaval chegou e passou e mal demos por isso. É verdade que não estive a trabalhar mas a diversão não foi nenhuma.

A B. foi ao cinema ver os Marretas com as amigas. Parece que está a chegar a fase das saídas sem os pais.

A G. passou o dia, e a noite, com febre.

O marido esteve a trabalhar.

Que rico dia. O que me salva é eu não gostar de palhaçadas nem folias de Carnaval...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Kindival, Chamodent

Será que alguém conhece?

A solução do pediatra para as noites melhorarem passa por retirar a mama. Acabar com a amamentação.
Talvez tenha razão mas ainda não estamos preparadas para isso. Nem eu e nem ela.

Assim a procura de alguma coisa que ajude a conciliar o sono continua. Começámos a utilizar os produtos da Johnson Baby - Linha Bons Sonhos. Embora sem muita esperança, não faz mal tentar.

Em relação aos produtos homeopáticos ainda tenho duvidas. Será que passa por aqui alguém que conheça? Contem-me tudo...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Dos dentes

Afinal não é só um. São dois dentinhos a nascer. Um ao lado do outro.
Espero que seja esta a razão de tão mau dormir.
Pelo menos não tem febre.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Eu em sete

A Rita do Mundo Catita da Rita enviou-me este selinho. Obrigado pelo carinho.
O desafio consiste em dizer 7 coisas sobre mim e depois passá-lo a outros 7 blogues.
Não sabendo bem o que dizer de mim própria aqui vai o que me vem à cabeça neste momento:
  1. O mais importante na minha vida é a minha família. Adoro-os.
  2. Gosto muito de ler e tenho pena de não ter tempo para ler mais.
  3. Adorava fazer ginástica mas ando sempre a encontrar desculpas para adiar.
  4. Não gosto de pessoas hipócritas nem de cínicos.
  5. Não gosto de frio.
  6. Gostava de viajar e visitar outros países.
  7. Adoro o chá quentinho e o pastel de nata que neste momento tenho ao meu lado. 
O desafio fica para todos os que ainda não tenham respondido.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

...

Não sei se a longo prazo foi a decisão mais acertada, mas neste momento o que mais me importa é o aqui e o agora. Depois de uma semana, a passar as noites de um quarto para o outro, desisti. Voltou para o meu quarto.
A G. estava a acordar cada vez mais durante a noite. Dormia 20 minutos e acordava. O pai fazia força para a trazer novamente para o nosso quarto. E eu cedi.
Na verdade não melhorou por estar connosco mas pelo menos não tenho que me levantar. Não sei se são dores a incomoda-la ou se é outra coisa qualquer.
Espero que a consulta de 5ª feira no pediatra me ajude. Espero mesmo... 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Voltar atrás?

Faz amanha uma semana que mudei a G. de quarto. Sempre teve o sono leve, e qualquer barulho a acorda. Assim, pensei que se estivesse no quartinho dela acordaria menos vezes, pois o nosso barulho (ao deitar ou levantar) não a acordaria. Contudo, à medida que os dias passam, está a ficar cada vez pior. Tem acordado mais vezes, chora e só se cala com a mama, ao nosso colo, ou na nossa cama. Eu passo a noite a levantar-me e como me custa ficar ao lado dela, em pé e cheia de sono, acabo por a levar para a minha cama. Ou seja, está ainda mais difícil do que antes. Não sei o que faça. Se por um lado sei que não deveria voltar atrás, e levar a cama novamente para o meu quarto, por outro sei que as noites seriam mais fáceis (ainda que acordasse várias vezes pelo menos não me levantava). O pai também não ajuda, pois acha que a menina sente a nossa falta e por isso é que não dorme. Convém não esquecer que ela tem 10 meses, não deveria mamar durante a noite, e o certo era dormir a noite toda. Mas está cada vez pior.
 O que é que eu vou fazer? Não sei mesmo...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Veio de mansinho

e quase não dávamos por ele. Mas finalmente chegou. Aos 10 meses e 2 dias nasceu o primeiro dentinho da G. Ainda mal se sente mas já arranha. Está lá e até agora ainda não a incomodou muito. Espero que assim continue.

Voltar a estudar

Para ajudar a B. a preparar-se para os testes tive que voltar a estudar. A semana passada foi História. E a verdade é que até me soube bem. Existem muitas coisas de que já nem me lembrava.

Esta semana tem prova de Português e de Ciências. Já fizemos revisões da gramática pois o teste é já amanha.
Agora vou ali imprimir mais umas fichas para começar nas Ciências da Natureza. Diz que é a constituição da planta... Vamos ver do que é que me lembro.