quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

E para lá das desilusões a vida continua.

Tanto tempo sem aqui vir... A dúvida em continuar...


A principal razão de ser deste blog deixou de existir. A minha sementinha não cresceu, não viveu, mas antes secou e morreu.

Já tinha manifestado a minha ansiedade em saber se tudo estaria bem com o meu bebe. Talvez fosse o sexto sentido a avisar que algo corria mal. No dia da tão esperada consulta com o ginecologista veio a desilusão. Felizmente o médico não me iludiu. Segundo ele deveria estar com 8 semanas de gestação mas na analise ecográfica o feto apresentava-se com 6 semanas e sem batimentos cardíacos. Aconselhou a esperarmos uma semana para termos a certeza mas deveríamos esperar o pior. O mais certo era a gravidez ter parado. O meu coração parou também, mas por pouco tempo. Desde aquele instante fiquei certa que a espera era apenas adiar o inevitável. Esmoreci e sofri por 2 dias. O deixar morrer os planos e os projectos que já se tinham feito foi o mais difícil. Mas o mundo não acaba aqui e eu tinha uma princesa que precisava de atenção e que eu não iria deixar sofrer nem tão pouco ver a mãe chorar. E assim aguardei resignada 1 semana e depois mais 2 dias no hospital para se fazer a expulsão do feto. Felizmente correu tudo bem e dia 20 pude ir para casa. Neste pouco tempo de internamento vi histórias bem mais difíceis e sofridas que a minha. E não posso deixar de concordar quando me dizem que apesar do azar podia ter sido pior. É a natureza a fazer a sua selecção. Pior é quando tem que ser o ser humano a fazer esse trabalho.

Agora é dar tempo ao tempo e aguardar que tudo volte ao normal para voltarmos a fazer planos.
E para já vamos continuar por aqui!


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Quase 9 semanas!

Pela contagem do medico estou quase de 9 semanas. Hoje vou á consulta do Dr. P. Espero ter algum tipo de visualização do meu bebé. Ou conseguir ouvir o seu coraçãozinho. Todos me dizem que ainda é cedo, mas eu preciso de alguma prova real de que ele existe. Apenas o teste de farmácia não conta para mim. Preciso de mais para me sentir mesmo grávida. O sono que sinto a mais não prova. As alterações de humor (hormonais?) não chega. Preciso mesmo de ver ou ouvir.
Não me desiluda Dr. P

Soube tão bem

receber a primeira festinha da princesa na minha barriga! Sempre a sorrir perguntou como estava o bebé. Está bem, pelo menos assim espero.
No sábado o papá resolveu adiantar-se e contou á Beatriz que a mamã vai ter um mano/a. Disse-lhe que ainda era segredo. Pensei que seria melhor aguardar mais algum tempo mas talvez tenha sido melhor assim. Desta forma podemos falar mais á vontade á frente dela, e ela não sente que lhe escondemos alguma coisa.
Depois de tanto tempo a insistir connosco pensei vê-la mais eufórica com a noticia. Mas não. Reagiu como uma pequena adulta. Contente mas comedida. Esta minha filha está sempre a surpreender-me.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Um blog / um livro para ler e chorar...


Choque de emoções
“para Francisco,” de Cristiana Guerra (Arx, 190 pág.)

A publicitária mineira Cristiana Guerra é uma jovem de cabelos curtos, com o corpo delgado coberto de tatuagens, dotada de uma virtude aperfeiçoada pela profissão - a de escrever com aquela graça, leveza e espirituosidade que fazem tudo parecer um pouco melhor. Mas não é isso que faz de “para Franscico,” um dos melhores livros publicados este ano no Brasil, senão o melhor. A leveza do seu pequeno diário é apenas o ingrediente necessário para ficarmos entre as lágrimas e o sorriso, jogo de emoções que nos confunde e se confunde com os extremos a que nos leva a vida.Cristiana viveu extremos da alegria e da tristeza ao mesmo tempo, que lhe deixaram uma marca pelo resto de sua vida. Em julho de 2007, quando estava grávida de oito meses, seu namorado Guilherme morreu subitamente. Num fatal sincronismo do destino, ela cultivou o luto da perda e a felicidade de ser mãe pela primeira vez. Nem o mais frívolo leitor, aquele que é capaz de passar para trás uma velhinha na fila ou tirar o picolé de uma criança, ficaria indiferente.Desde então, Cristiana resolveu escrever um blog, no qual dirige cartas ao pequeno Francisco, nascido órfão, a pretexto de contar quem era seu pai. Cristiana escreve primeiro para ela mesma, para lidar com as emoções e, como diz, para “não esquecer”. Narra pensamentos e as pequenas coisas do dia a dia, que ganham nova dimensão com a influência simultânea da tragédia da morte e do milagre da vida.O blog “para Francisco,” (http://www.parafrancisco.blogspot.com) ganhou muitos leitores virtuais em todo o país, comovidos com a sinceridade, a coragem da autoexposição e a fantasia lírica de uma jovem mãe que, sob o impacto da tragédia, escreve para um filho que ainda não pode entendê-la. Transformado em livro, “para Francisco,” é uma compilação concisa e forte dessa correspondência imaginária. Traz à luz uma dupla história de amor: a primeira pelo amor perdido, a outra pelo filho recém nascido, que, como ela diz, “fez do fim um começo”. É um documento refinado e pungente dos mais puros sentimentos humanos e um apelo contra o tempo. Em suas cartas ao filho inocente, Cristiana coloca-se na alma aflita do escritor: “pressa em falar para Francisco de seu pai, sobre o mundo e sobre mim mesma (só por garantia)”. Feita de sensibilidade nos mínimos detalhes, sua correspondência transmite a sensação de que podemos fazer da vida algo melhor, mesmo quando enfrentamos o pior. Com a necessidade de dividir seus sentimentos, Cristiana não ajuda apenas a si mesma ou ao filho, que poderá aprender com sua história, conhecer o pai pelos diários da mãe e aprender a lidar com sua perda precoce. Levada por força do destino a aprender rápido, ela chega à única receita eficaz para lidar com o sofrimento. Descobre que a única coisa que nos consola diante das grandes perdas é cuidar daqueles que estão vivos.Dirigido a uma criança de colo, ou à sua própria autora, “para Francisco,” é também uma obra que ajuda todos nós.

Como transformar uma princesa numa vaquinha?

Pois é! Este ano para para a festa da escola a Beatriz vai fazer o papel de vaquinha. Assim temos que arranjar uma roupinha condizente com a personagem. A professora sugeriu umas calças castanhas com uma camisola manchada. Mas em 1º lugar não temos camisolas manchadas cá por casa. Em 2º lugar eu quero que a minha menina, mesmo vestida de vaquinha, seja a mais linda da festa (pelo menos para mim) . Será que encontro um fato de vaquinha de Natal em algum lado a preços convidativos? A verdade é que não me interessa gastar muito dinheiro num fato que apenas vai usar alguns minutos, uma única vez.
Aguardam-se sugestões a uma mãe com pouco jeito para estas coisas.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Então e a Fada dos Dentes?



A princesa chegou á conclusão que o Pai Natal não existe mas em relação à Fada dos dentes a ilusão continua. Ontem foi ao dentista tirar 2 dentinhos que preguiçosos não tinham pressa de sair. Têm sido todos assim. Andam imenso tempo a abanar até que os definitivos começam a nascer no sítio errado e tem que ser o dentista a tirar os dentes de leite. E lá vem ela toda contente com os 2 dentes que vão dar direito a 2 prendinhas debaixo da almofada.

Para já deixo ficar mais esta fantasia. Até ela descobrir que não é magia de fada mas sim magia de mãe.

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Ansiosa

É assim que me encontro. Terça-feira, 2 de Dezembro vou ter a 1ª consulta pré-natal já grávida. Aguardo por esse momento para poder saber se está tudo bem com a minha sementinha. Até agora a única certeza foi o teste feito em casa, mas enquanto não ouvir o seu pequeno coração a bater não fico sossegada.
Sinto uma alegria contida, receosa de alguma desilusão.
Quero estar á vontade para dizer a todos e principalmente á princesa lá de casa. Sei que ela vai adorar, porque pede um mano á muito tempo, mas sei que devo ir com calma para evitar dar-lhe ilusões.
Sei que depois deste bebé as coisas vão mudar e a liberdade de ir a qualquer sítio que entretanto já tínhamos com a Beatriz vai ficar condicionada. Mas certamente as alegrias de ter uma criança a crescer, aprender e partilhar a vida connosco vão compensar. Foi assim com a princesa e será assim agora também.
Ter filhos é também uma forma de riqueza.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Pai Natal não existe.

Dito e repetido com violência no tom, quase a insinuar que sempre lhe mentimos.
Eu sabia que a princesa tinha duvidas em relação á existência do Pai Natal. Por vezes até pensava que ela já sabia que tudo não passava de uma mentirinha, mas afinal ela só teve a certeza quando ao ver um álbum de fotos viu o Pai Natal que nos visitou á alguns anos e nele reconheceu os olhos da prima A. . Naquele instante não consegui deixar de rir, e sem saber bem o que fazer deixei morrer o assunto. Sei que não ficará por aqui e que devo conversar com ela. Só não sei bem o que dizer...
Contar toda a verdade parece-me cruel.
Mentir também não é opção.
Mas se digo a verdade devo dizer-lhe para não o dizer aos amigos e primos que ainda acreditam no P. Natal? Isso não é ensinar-lhe a mentir e a falsear?
Pai Natal ajuda-me!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O rei cá de casa

adora a sua princesa. Têm uma relação muito bonita. Por vezes até acho que ela gosta mais do pai do que da mãe. Inseguranças passageiras que quando analisadas se revelam irreais. Mas apesar de tudo acho que comecei a amá-la muito antes dele. Agora que uma novo ser vem a caminho, e apesar de apenas ter 6 semanas (ainda não confirmadas), eu já amo este bebe. Já falo com ele, e ainda que racionalmente não seja assim, penso que ele já sente o meu amor. O pai por seu lado ri-se quando lhe falo nestas coisas. Diz que não é possível o bebe sentir nada e não lhe dá a devida atenção. Ainda que a dê á mãe. Coisas de homem que distinguem claramente a maternidade da paternidade. O que me deixa sossegada é saber que assim que ele cá estiver verei um pai completamente babado. O melhor pai do mundo!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

O ínicio

Depois de vários anos seguindo o mundo da blogosfera eis que chegou o meu dia!


É oficial: nasceu o meu blog!


O desafio já me tinha sido feito, mas até agora não tinha uma razão muito forte para me lançar. Agora já existe. Ainda é apenas uma pequena semente, mas já me encoraja.
Neste espaço espero conseguir relatar, para mais tarde relembrar, todos aqueles episódios que gostamos de lembrar mas que o tempo e a memória acabam por apagar.


A princesa deste castelo é a Beatriz e tem 7 anos. E embora tenha gravado no coração todos os epísodios da sua vida dou por mim a não saber exactamente qual o dia dos primeiros passos ou qual a primeira palavra intelígivel.
Por isso, e porque agora talvez surja mais um habitante para esta história, vou tentar registar todos os anseios, medos e alegrias que o rei , a rainha, a princesa e a pequena sementinha vão sentindo e que fazem desta vida uma vida feliz!