sexta-feira, 8 de maio de 2009

Telemóveis – um mal/bem necessário

O telemóvel surgiu para facilitar o contacto entre as pessoas. Pelo menos é assim que o vejo. Poucos, ou nenhuns, de nós conseguem andar no dia-a-dia sem telemóvel. Quando por acaso isso acontece sentimo-nos vulneráveis, indefesos, pois a certeza de estarmos sempre contactáveis dá-nos algum tipo de segurança. No entanto tem-se vindo a assistir a uma dependência cada vez maior deste tipo de aparelho. Se no início ter telemóvel era um luxo, a partir de um dado momento, e em virtude da descida de preços que estes sofreram, estranho é não se ter telemóvel. Mesmo as pessoas mais velhas, que por norma eram mais avessas a este tipo de tecnologias, não passam agora sem eles. O normal não é ter telemóvel, mas sim, ter vários telemóveis, vários números, de várias redes. Chegamos ao ponto de haver quem esteja constantemente ao telemóvel. A falar, a mandar sms, toques, a jogar, a tirar fotos, e milhentas outras coisas que ainda não conheço. Não conseguem ter uma conversa mais de 5 minutos sem recorrerem ao dito. Não conseguem fazer uma refeição sem pegarem no aparelho. O cúmulo da situação é passarem a ceia de Natal a mandar mensagens e toques. É estarem no almoço de Páscoa em casa dos avós, numa mesa com grande parte da família e passarem o tempo todo agarrados ao telemóvel. O grave disto é que não falo de jovens a quem se deve chamar á atenção, mas sim de adultos, pessoas com formação e que deveriam conhecer as regras de boa educação. Porque é disto que se trata. Boa educação. Deixamos que um simples aparelho mude a forma como nos relacionamos com os outros.
Será isto um mal ou um bem necessário? Não deveríamos antes privilegiar o contacto físico, humano entre as pessoas? Esquecemo-nos que já vivemos sem eles, e não era tão mau assim, pois não?

6 comentários:

Maria disse...

Eu já nem me lembro é como é que "se comunicava" sem o telemóvel..
É até estranho pensar nisso.. Mas sem dúvida, que é um exagero.

um beijinho.

Beta disse...

Eu sou completamente dependente do tlm...(e quando me ofereceram o meu primeiro tlm aos 22 anos, dizia que não lhe ia ligar nenhuma...)
Mas, acho que sou mais dependente desde que o meu filho foi para o infantário...não consigo explicar...
Para ser honesta detesto esta sensação de dependência...
Para responder à tua pregunta: preferia viver sem ele !
lol

Patricia disse...

Se não houvesse telemóvel... eu não tinha emprego :)
Mais a sério, concordo contigo, que se corre o risco de desumanizar relações nas gerações futuras. Mas ainda assim, sou dependente do meu. É a única coisa que me faz voltar a casa se me esquecer.
Bjcas

CC disse...

É verdade! Por vezes tambem me lembro que antes não tinha tememóvel e não me fazia falta nenhuma e agora eu tambem não saio de casa sem ele e se me esqueço é um stress.
Bjos

Sofia disse...

e mesmo incrivel como mudou tudo. Antes viviamos sem eles sem problemas. Hoje em dia e o panico se fica em casa... sei la, acho exagerado. nao gosto que as pessoas nao sejam capazes de estar a falar um bocadinho sem olhar constantemente para o telemovel, ou sem ser interrompidas por um toque... e nao acho saudavel que muita gente prefira 'conversar' atraves do chat em vez de cara a cara. nao sou contra, acho giro conhecer gente assim ate, mas nao que isso substitua uma boa converseta no cafe a comer uns pastelitos.
bjs

rosemary disse...

Pois é. O Portuguesinho agarrou-se ao aparelho com unhas e dentes e agora já não vive sem ele. Mas há pessoas que, sinceramente, é demais! Estão constantemente a mexer ou a falar no dito. Haja paciência! Eu consigo passar um dia sem telemóvel, à vontade. Acho q são poucos os portugueses que conseguem fazer isto...

Bjs*